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“A cultura brega se tornou de sinônimo de coisa sem qualidade, o que é um absurdo”, critica Fernando Luiz

 

Está prevista para esta terça (23) a votação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte que cria o Dia Estadual do Brega, proposta pelo deputado Ubaldo Fernandes (PSDB). O tema foi discutido no Balbúrdia de hoje que trouxe o cantor Fernando Luiz, que criticou a alcunha de música sem qualidade associada ao gênero.

Durante muito tempo o termo brega foi utilizado para discriminar os artistas como algo de má qualidade porque os artistas bregas, com raras exceções, são pessoas que não receberam educação e só sabem traduzir em suas músicas o cotidiano, que é também o de todas as pessoas, haja vista Núbia Lafayete, Trio Irakitan, que são referências românticas em nosso estado e que têm que ser reconhecidos e respeitados como grandes artistas”, comentou Fernando Luiz.

O artista, que ganhou projeção nacional com a música “Garotinha”, avalia que criar um dia específico em homenagem ao brega é uma forma de reconhecer o gênero musical e movimentar a cadeia de trabalho em torno do ramo musical.

“O projeto é uma forma de resgatar esse termo, homenagear Carlos Alexandre no dia de seu nascimento e temos certeza que vai, também, gerar renda, porque os artistas poderão participar de editais, se inscrever em projetos culturais e participar de shows, vai abrir um mercado de trabalhoQuando o projeto se tornar lei, o Estado terá a obrigação de fazê-la se cumprir. Terá ao ano pelo menos um dia dedicado à cultura brega. Como a cultura brega se tornou de sinônimo de coisa sem qualidade, o que é um absurdo, precisamos trazer o brega para o perfil de um movimento cultural como outro qualquer, não é só um ritmo, haja vista o sucesso das músicas do Pará, que tem uma grande habilidade de marketing e transformou o brega num estilo musical maravilhoso”, avalia Fernando Luiz.

Ao longo da carreira, Fernando Luiz chegou a participar de programas de televisão e a cantar no Rio de Janeiro, quando esse ainda era um mercado fechado para a maioria dos artistas de artistas fora do eixo Rio-São Paulo.

“Cantei nas boates do Rio de Janeiro, consideradas prostíbulos, cantei nas boates classe A de Copacabana e, antes disso, tinha feito parte de uma banda musical em Natal durante quatro anos, fui calouro do Chacrinha, conheço os participantes da televisão e isso tudo tomei como aprendizado. Quando fiz sucesso com ‘garotinha’ viajei pelo Nordeste inteiro e outros estados, e percebi o carinho que as pessoas tinham pelos artistas doe estilo, que tem uma empatia muito grande com o público porque diz o que o povo quer ouvir”, comenta o artista.

Inspiração em Pernambuco

Fernando Luiz também explicou que a ideia para criar o Dia Estadual do Brega foi inspirada em Pernambuco, que criou o Dia do Brega em homenagem ao famoso cantor Reginaldo Rossi.

Eu confesso que quando propus a Ubaldo Fernandes (PSDB) a criação do Dia do Brega, me inspirei em Pernambuco. Fiz muitos shows em Recife, onde vi Carlos Alexandre ser ovacionado em Recife, ser respeitado, era um ídolo. Ele fazia shows nos melhores clubes das cidades e também nos circos, porque o artista brega não tem essa coisa do patrulhamento cultural em relação ao que ele canta. Então me inspirei nesse dia do Brega em Pernambuco, que é na data de aniversário de Reginaldo Rossi”, revela Fernando Luiz.


Via: saibamais

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