Por Roberto Motta
A toda hora ouvimos pessoas falando sobre a violência nos jogos online, e sugerindo “regulamentação” por parte do Estado como estratégia de redução da criminalidade.
Mas o uso da violência no entretenimento não é exclusividade dos jogos.
Há também exploração de temas violentos em novelas, em filmes, em séries de streaming, na música popular, no teatro e na literatura.
A maioria das pessoas sabe a diferença entre séries, músicas, jogos, e a realidade.
Nunca foi comprovada qualquer ligação entre jogos “violentos” e crimes, da mesma forma que nunca foi comprovada qualquer ligação de séries violentas, novelas ou filmes de terror com atividades criminosas.
Nunca se ouviu alguém propor a “regulamentação” de novelas, por exemplo, muito embora elas frequentemente exibam exemplos de comportamento abusivo, violento, promíscuo e até criminal.
Se alguém fizesse essa proposta seria - com razão - acusado de querer reestabelecer a censura.
A verdade é que o mal está nos indivíduos - nos criminosos - e não nas séries, nas novelas ou nos jogos.
A culpa do crime é do criminoso, não de um jogo.
É inacreditável que alguém acredite que o Estado - o mesmo Estado que é incapaz de dissuadir e de punir criminosos - vá combater o crime “regulando” alguma coisa.
Via: https://twitter.com/rmotta2/status/1646689460451528709?t=lwfa7LZzXoUCL9fhVT4jsQ&s=19
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