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São João Clímaco, em seu escondimento, atraiu tantos para Cristo

 


Abade [525 – 606]Origens

João nasceu na Síria em 579. Desde criança, demonstrou ser bem inteligente. Teve boa formação cristã e também literária. De família nobre e rica, com um futuro promissor na sociedade, ele preferia a simplicidade e a oração. Assim, aos 16 anos, sentiu-se chamado para a vida monástica eremítica.



Em busca do Monte Sinai
Foi para o Monte Sinai, onde havia vários mosteiros com comunidades monásticas vivas. No Monte Sinai, João se fez discípulo de um dos mestres mais conhecidos que habitava o mosteiro mais famoso da região. O mestre era conhecido como o ancião e venerável Raiuthi. No mosteiro, João destacou-se pelo amor à oração, aos sacrifícios, ao trabalho pesado e aos estudos.

Seriedade na vocação
João levou muito a sério o seu chamado para a vida monástica e sua vocação para uma vida reclusa, dedicada à oração, à solidão e à ascese. E era isso que João buscava, por meio da vida simples no mosteiro. Ele só saia das dependências do mosteiro quando precisava colher frutas, raízes e outros alimentos para si e para os monges. Além disso, ele só se encontrava com os outros monges nos finais de semana, quando faziam orações e celebrações coletivas.
São João Clímaco e a vida nos mosteiros do Monte Sinai

Contexto histórico
No século IV, as perseguições dos romanos contra os cristãos tinham terminado. Ao mesmo tempo, inúmeros mosteiros muito simples tinham sido construídos na região do Monte Sinai por muitos monges, que buscavam a vida de oração e de contemplação. Na época, esses mosteiros ficaram famosos por causa da hospitalidade dedicada aos peregrinos e pelas bibliotecas que guardavam manuscritos valiosos. Nesse ambiente, São João Clímaco viveu e atuou, tornando-se o maior dentre os monges que habitavam o Monte Sinai, o local onde Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei.

Conhecido no escondimento
Disse Jesus que “Não se acende uma lâmpada para colocá-la em baixo da mesa”. E isso aconteceu com São João Clímaco. Mesmo estando “escondido” no mosteiro procurando a solidão, os monges e, depois, o povo, o descobriram. Todos começaram a procurá-lo para pedir conselhos e orientação espiritual quando souberam que se tratava de um homem santo e sábio. Assim, sua fama se espalhou. O povo atravessava o deserto para ouvi-lo, aprender com ele e pedir conselhos, bênçãos e orações.

Abade geral
Quando completou 60 anos, São João Clímaco foi eleito unanimemente como o abade geral de todos os monges e eremitas que habitavam a serra onde se encontra o Monte Sinai.

Livro de São João Clímaco
Como abade, São João Clímaco escreveu bastante. Porém, apenas um livro seu se conservou. Trata-se de um livro importantíssimo e famoso, que alcançou grande divulgação na Idade Média. O livro é intitulado “Escada do Paraíso”. Foi por causa deste livro que São João recebeu o apelido de Clímaco. Trata-se de uma expressão grega que significa “aquele da escada”.
Os Trinta Degraus

Escada do Paraíso
Neste livro, São João Clímaco apresenta trinta degraus para subir até alcançar o estado de perfeição da alma. É como se fosse um manual. Nele, é apresentada toda a doutrina monástica, tanto para os noviços quanto para os monges. São João Clímaco descreve no livro “degrau por degrau”, mostrando as dificuldades que virão, como superá-las e a felicidade do Paraíso, que será alcançada no fim da escada, depois da morte, que é a passagem para a eternidade junto com Nosso Senhor Jesus.

Entrada no paraíso
São João Clímaco faleceu no dia 30 de março de 649. Faleceu como exemplo de vida, amado, venerado e admirado por todos os cristãos, tanto os do Oriente quanto os do Ocidente. Logo após sua morte, passou a ser celebrado pelos cristãos no mesmo dia de sua morte, ou seja, de sua entrada no paraíso.


Minha oração
“Senhor Jesus, em meio a tantos barulhos e sentimentos, que eu e minha família consigamos encontrar o mais importante: a Sua vontade e Sua presença. Dá-nos essa graça. Amém.”
São João Clímaco, rogai por nós!
Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 30 de marçoSão Segundo, mártir, na Itália († data inc.)
São Senhorinho, mártir, na atual Grécia († s. IV)
São Régulo, bispo, na atual França († s. IV)
Muitos santos mártires, que, em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, no tempo do imperador Constâncio, por ordem do bispo ariano Macedónio, foram mandados para o exílio e torturados com inauditos tormentos.(† s. IV)
São Zósimo, bispo, que foi primeiramente o humilde guarda do túmulo de Santa Luzia e depois abade no mosteiro desta localidade, na Sicília, região da Itália († c. 600)
Santa Osburga, primeira abadessa do mosteiro na Inglaterra († c. 1018)
São Clínio, abade, na Itália († d. 1030)
São Pedro Regalado de Valladolid, presbítero da Ordem dos Menores, na Espanha († 1456)
Beato Amadeu IX, duque de Saboia, que no seu governo promoveu por todos os meios a paz e favoreceu com seus bens e ardente zelo a causa dos pobres, das viúvas e dos órfãos, na Itália († 1472)
Santos mártires António Daveluy, bispo, Pedro Aumaître, Martinho Lucas Huin, presbíteros, José Chang Chu-gi, Tomé Son Cha-son e Lucas Hwang Sok-tu, catequistas, que pela fé em Cristo morreram decapitados, na Coreia († 1866)
São Luís de Casória (Arcângelo Palmentiéri), presbítero da Ordem dos Frades Menores, que fundou duas congregações: os Irmãos da Caridade e as Irmãs Franciscanas de Santa Isabel, em Nápoles, na Itália († 1885)
São Leonardo Murialdo, presbítero, que fundou a piedosa Sociedade de São José, para que as crianças abandonadas pudessem sentir os efeitos da fé e caridade cristãs, em Turim, na Itália († 1900)
São Júlio Álvarez, presbítero e mártir, que, durante a perseguição religiosa, com o derramamento do seu sangue deu testemunho da fidelidade a Cristo e à sua Igreja, no México († 1927)
Beata Maria Restituta (Helena Kafka), virgem da Congregação das Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã e mártir, na Áustria († 1943)

Fontes:vaticannews.va
Martirológio Romano
cruzterrasanta.com.br

– Redação: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

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