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Beato Zeferino Namuncurá, modelo salesiano de santidade

 

Religioso salesiano [1886 – 1905] 21 anos

Nascimento e escola salesiana
Zeffirino Namuncurá nasceu em 26 de agosto de 1886, em Chimpay, às margens do rio Negro. Seu pai Manuel, o último grande cacique das tribos indígenas araucanas, havia se rendido três anos antes às tropas da República Argentina. Depois de onze anos de vida rural livre, Manuel Namuncurà envia Zeffirino para estudar em Buenos Aires, para que pudesse defender a sua raça. A atmosfera familiar no colégio salesiano fez com que ele se apaixonasse por Dom Bosco.

Crescimento espiritual
A dimensão espiritual cresceu nele e ele começou a desejar ser sacerdote salesiano para evangelizar seu povo. Escolheu Domingos Sávio como modelo e, durante cinco anos, através do esforço extraordinário de entrar numa cultura totalmente nova, ele próprio tornou-se outro Domingos Sávio. O compromisso com a piedade, a caridade, os deveres diários e o exercício ascético é exemplar.

Aspirante salesiano
Esse menino, que achou difícil “entrar na fila”, gradualmente se tornou um verdadeiro modelo. Como queria Dom Bosco, estava certo em cumprir seus deveres de estudo e oração. Ele foi o árbitro nas recriações: sua palavra foi bem recebida pelos camaradas em disputa. A lentidão com que ele fazia o sinal da cruz, como se estivesse meditando em cada palavra, era impressionante; e, com seu exemplo, corrigiu os seus companheiros, ensinando-os a fazê-lo devagar e com devoção. Em 1903, Dom Cagliero o aceita no grupo de aspirantes em Viedma, capital do Vicariato Apostólico, para começar o latim.

Itália
Por causa de sua saúde precária, o bispo salesiano decide levá-lo à Itália, para que continue seus estudos de maneira mais séria e em um clima que parecia mais adequado. Na Itália, ele conhece o padre Rua e o Papa Pio X, que o abençoam com emoção. Ele frequentou a escola em Turim e, depois, no colégio salesiano de Villa Sora, em Frascati. Ele estuda muito para ser o segundo da classe.

Morte
Mas um mal não diagnosticado a tempo, talvez porque nunca reclamou, minou-o: tuberculose. Em 28 de março de 1905, ele foi levado ao hospital Fatebenefratelli, na Ilha Tiberina, em Roma. Ele morreu pacificamente em 11 de maio. A partir de 1924, seus restos mortais descansam em sua terra natal, em Fortín Mercedes, onde multidões de peregrinos vêm para adorá-lo.

Os altares
– Tornou-se venerável em 22 de junho de 1972;
– Beatificado em 11 de novembro de 2007 sob o pontificado de Bento XVI.

A minha oração
“Senhor Jesus, o Beato Zeferino Namuncurá rendeu-se ao amor de Deus e abriu mão de sua cultura e costumes para responder ao seu apelo de doação. Que cada um de nós que lemos essa oração, abramos o nosso coração para dizer ao Senhor: Jesus, crava em nosso coração um amor ardente por Ti. Amém.”

Beato Zeferino Namuncurá, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 11 de maio:São Maiulo, mártir de Adrumeto, que foi condenado às feras, na Tunísia. († s. II f./III in.)
Santo Antimo, mártir. († s. III)
São Mócio, presbítero e mártir, na Turquia. († data inc. )
São Mamerto, bispo, que instituiu o tríduo solene de ladainhas antes da Ascensão do Senhor, na França. († c. 475)
São Gengulfo, na França. († s. VIII)
São Maiolo, abade de Cluny, que, firme na fé, forte na esperança, rico na caridade, reformou muitos mosteiros na Gália e na Itália. († 994)
São Gualter, presbítero e cónego regular, que, instruído desde a infância no serviço de Deus, resplandeceu pela mansidão para com os irmãos e pela caridade para com os pobres, na França. († 1070)
Beato Gregório Célli, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que, expulso do mosteiro pelos irmãos de religião, consta que morreu entre os Irmãos Menores do convento do monte Carnério, na Itália. († 1343)
Beatos mártires João Rochester e Jaime Walwort, presbíteros e monges da Cartuxa de Londres, na Inglaterra. († 1537)
São Francisco de Jerônimo, presbítero da Companhia de Jesus, na Campânia, região da Itália. († 1716)
Santo Inácio de Láconi, religioso da Ordem dos Irmãos Menores Capuchinhos. († 1781)
São Mateus Lê Van Gam, mártir, que depois de passar um ano no cárcere, por decreto do imperador Thieu Tri foi degolado. († 1847)

Fontes:Congregação Salesiana – sdb.org/pt/Santidade_Salesiana
Martirológio Romano – liturgia.pt



– Pesquisa e redação: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

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