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São Conrado, exemplo de arrependimento diante da injustiça

 



Eremita e Terciário Franciscano [1290 – 1351]

Pecado que tornou-se conversão
Para caçar lebres, esse homem colocou fogo numa floresta, gerando grave prejuízo. Por isso, o governador do local iniciou a procura do culpado. Ao encontrar um suspeito, logo o condenou à morte. Quando Conrado soube que um inocente morreria em seu lugar, decidiu confessar o crime. Isso custou caro, a ponto dele tornar-se muito pobre, mas quitou a sua pendência.

Via de Santificação
Após o acontecimento, e em acordo com sua esposa, eles tornaram-se franciscanos. Ela foi para o convento de Santa Clara e ele foi para a Ordem Terceira. Assim, preferiu não fazer compromisso de estabilidade, e sim trocar de mosteiro de tempos em tempos. Por onde passava, sua bondade e piedade atraíam as multidões, o que lhe incomodava. Ele percebeu que precisava rezar mais e, estando cercado por pessoas, era prejudicado em sua vocação. Decidiu então estabelecer-se em uma gruta, a fim de dedicar-se à vida eremita. Hoje, esse local tem o nome de: gruta de São Conrado.

Obra de Caridade
Às sextas-feiras, descia à cidade para visitar doentes no hospital. Fazia prolongada oração diante dum célebre crucifixo da catedral. Uma das imagens mais populares do santo é, justamente, a do Franciscano eremita adorando Jesus na Cruz. Conrado também foi agraciado com o dom dos milagres.

Últimos dias
Seus últimos dias foram como eremita em Noto, cidade da região Siciliana (Itália), dedicando-se ao silêncio, oração e pobreza. Morreu no dia 19 de fevereiro de 1351, com fama de santidade. Amava Jesus na solidão e se entregava a Ele com disposição, tornando-se sinal de entrega de vida total.

Veneração
Os italianos, que vivem na cidade de Noto, têm grande estima por esse santo. Frei Conrado foi sepultado na mais bela dentre as igrejas de Noto: a Igreja de São Nicolau (atual Catedral de São Nicolau). Os dois são padroeiros de Noto.

Representação
Hoje, ele é apresentado, geralmente, como um idoso de hábito franciscano, portador de uma cruz nas mãos. Sobre a cruz alguns pássaros, que é sinal de sua reconciliação com a natureza, gerando harmonia que, antes, ele não possuía.

A minha oração
“Arrependido dos meus pecados, assim como São Conrado, desejo viver dedicando-me às causas do Evangelho segundo a minha vocação. Meu Deus, que eu me arrependa do que fiz de errado e viva intensamente para vós!

São Conrado, rogai por nós!”

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 19 de fevereiro:
São Quodvultdeus, bispo na Campânia, região da Itália [† 439]
Comemoração dos santos monges e outros mártires, massacrados na Palestina às mãos dos Sarracenos, sob as ordens de Alamondir [† 507]
São Mansueto, bispo em Milão, na Lombardia, região da Itália [† c. 680]
São Barbato, bispo na Campânia, região da Itália [† 682]
São Jorge, monge no território Rodez, na Aquitânia, atualmente na França [† c. 877]
São Proclo, monge em Bisignano, na Calábria, região da Itália [† c. 970]
Beato Bonifácio, bispo de Lausana, sepultado perto de Bruxellas, atualmente Bélgica [† 1260]
Beato Álvaro de Zamora, presbítero da Ordem dos Pregadores, eloquente evangelizador na Espanha [† 1430]
Beata Isabel Picenárdi, virgem, que viveu na casa de seu pai como consagrada a Deus. Frequentava assiduamente a sagrada Comunhão e a Liturgia das Horas, entregava-se à meditação da Sagrada Escritura e cultivava devoção à Virgem Maria [† 1468]
Santa Lúcia Yi Zhenmei, virgem e mártir em Kaiyang, no Sichuan, província da China [† 1862]
Beato José Zaplata, da Congregação do Sagrado Coração de Jesus e mártir no campo de concentração de Dachau, na Alemanha [† 1945]

Fontes:
vaticannews.va
Martirológio Romano
Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
“Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola – franciscanos.org.br

Redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

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