Jatão da Rádio - Ao conversar com pessoas de todas as classes sociais, amigos e correligionários, sinto hoje a descrença do povo quando se fala em política! Isso é o reflexo de uma má política adotada em nossa federação, estado e cidade onde o verdadeiro intuito do político que ai está é meramente o poder pelo poder.
A grande maioria das pessoas envolvidas com a política no Brasil são de espíritos pequenos que se aproveitam da política apenas para satisfazer seus interesses pessoais. Políticos e partidos brigam apenas pelo poder e o poder é a única coisa que lhes importa sem que esses se importem nem um pouco com o cidadão.
O verdadeiro político é meramente um representante do povo, e como tal deve então respeita-los, sem nunca e jamais, usa-los como escada para atingir seu objetivos.
Não importa o pensamento do político e do partido que vencerem as eleições, o que importa na verdade é a vontade do povo e a vontade do povo de uma cidade não é respeitada de forma alguma por político ou partido algum.
Estou hoje vereador! Porque acredito que isso possa um dia mudar. Mudar a maneira dos políticos de hoje que veem o cidadão apenas como meros coadjuvantes num pleito eleitoral. Acredito na mudança de pensamento daqueles que pleiteiam uma cadeira no executivo ou legislativo, dando o valor e atenção que o povo merece depois do pleito.
ESSE É JATÃO DA RÁDIO...
Por isso sou quem sou
Não nego meu natural
Sou aqui de Umarizal
Um parlamentar vereador
Aqui nessa cidade
Sem medo da verdade
Sempre fui quem sou
Sou matuto do sertão
Minha graça é JATÃO
Leia em baixo quem eu sou
SOU MATUTO DO SERTÃO
Inscrevo essa prosa
Pro mode le falar
Dos meu pensamento
Da donde escui morar
Faço morada no sertão
Daqui num arribo não
Esse chão é meu lugar
Terra de cabra valente
Pobre, mais samo decente
Isso vosmicê pode confiar
Pra cidade num vou não
Tem assarto por lá
Fumacê de carro véi
Sordado mandando parar
Pidindo os dancumento
Se meu carro é um jumento
Cuma é que eu vou dar?
Inda diz o sordadim
Tenha cuidado bichim
Ou o pau vai intrançar
Só vou a rua na feira
Ou in época de inleição
Mais esse ano parece
Que não vou a votação
Tá uma misturada danada
Nós num sabe mais de nada
Quem tá cum pedro nem joão
Vou deixar pra ir só na feira
Comprar minha farinha brejeira
E tocim mode botar no feijão
Acho mió aqui no sertão
Vivendo na minha choupana
Com um cachorro no terreiro
Brabo que nem caninana
Inda tem no meu teiado
Com corda dependurado
Um cacho de banana
E mode alumiar meu terreiro
Tenho um bom candeeiro
No alpendre da cabana
Entonce num vou não
Pressa tar de capitar
Vou ficando por aqui
Inscutando meu galo cantar
Na porteira do currar
Logo que o sol da o sinar
Que o dia vai quelarear
É mior do que na rua
Longe das falcatrua
Que inseste sempre por lá
Faço do campo morada
Num laigo esse sertão
Eu mais minha famia
Acha mió esse torrão
Aqui vou prantando
Cuma faço todo ano
Pra cuier mii e fejão
Tenho uma vaquinha
No terreiro dez galinha
No chiqueiro um barrão
Tomo água de pote
Numa caneca amassada
Armoço pirão de costela
Com rapadura rapada
Sou chegado a tapioca
Farinha de mandioca
E tripa de poico assada
Arrepare meu sinhô
Se eu quero ser dotô
E laigar minha morada
Sou nordestino arretado
Minha graça é Jatão
Me orgulho de ser
Um matuto do sertão
Que oia pro nacente
Espiando chuva pra gente
Mode moiar nosso chão
E não quero arredar o pé
Pode dar o que der
Daqui desse rincão
Sou vereador arrochado
Não tenho medo de nada
Na tribuna falo mesmo
Se tiver coisa errada
No governo Federal
Bem como no Estadual
Ou da terra que faço morada
Jatão ta vivo e não morreu
Escreveu não leu o pau comeu
Minha garganta é afiada
JATÃO DA RÁDIO
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