Eu estava fazendo uma reflexão sobre o assalto aos cofres públicos no Brasil, quando me lembrei de uma frase antiga de um político paraibano contra um seu adversário que considerava corrupto. Dizia ele em palanque: “Ladrão, ladrão, ladrão!... se eu dissesse mil vezes seria pouco para quem roubou tanto.”
Considerando-se essa frase para empregá-la, proporcional, nos dias atuais, certamente, que teríamos que repeti-la por milhões de vezes. Por que a roubalheira tem sido muito grande, do governo e da oposição. PMDB, PT, PP, PTB, PSDB, DEM e outros partidos que iam descobrindo a roubalheira e procuravam pegar a sua parte.
Aliás, eu digo partidos, mas partidos não roubam; roubam as pessoas que estão dentro deles. A roubalheira foi demais. Há mais de dois anos que não param de anunciar, diariamente, os roubos milionários. Para se ter uma ideia da banalização do roubo, até um senador de oposição foi corrompido com milhões por políticos da situação somente para ajudar a por uma pedra nos Caminhos de uma CPI.
Assaltados eram os cofres públicos de estatais, ministérios, governos estaduais, prefeituras, enfim, onde corresse dinheiro público, apareciam políticos ladrões, empreiteiros, funcionários graduados, lobistas, marqueteiros, todos com um propósito: assalto ao patrimônio público.
O grande problema não é só esse; o problema maior é que para transformar tudo isso, é necessário consertar as coisas, o que se torna impossível sem antes consertar o fazedor das coisas. Não há como consertar o nosso país sem antes consertar as pessoas. Sem um processo de educação de bom nível que dê saber, que deixe as pessoas com o poder de pensar e definir o que é possível e bom para todos, não há como viabilizar um mundo humano e justo.
Fora disso, as falácias não passam de blá-blá-blá.
Concluo com as décimas a seguir:
“Leve histórias para o povo
Para que possa aprender
E eu, um simples poeta,
Garanto que com saber
Quando ele se educar
Na certa não vão sobrar
Tais canalhas no poder.
Sem educação política
E o seu saber profundo,
Sem esse nauta que abre
As vagas no mar fecundo,
Estarão lá no poder
Os lobos que a meu ver
Não irão mudar o mundo.”
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