Para Maria-Luiz Scwarz
José Romero Araújo Cardoso[1]
Marcela Ferreira Lopes[2]
Temperaturas que excedem
normalmente os quarenta graus, evaporação intensa e insolação causticante
caracterizam o clima do semiárido, cujas peculiaridades incidem diretamente na
vegetação, xerófila e adaptada aos rigores mesológicos.
Martius, desesperado com o
desafio que o estudo das caatingas impôs, quando de sua classificação botânica
no século XIX, definiu-a de Silva Horrida (Selva Horrível), pois as condições
ecológicas se mostraram infinitamente diferenciadas da região européia com a
qual estava acostumado.
A situação atual do bioma suscita
preocupações em razão que o intenso desmatamento vem prejudicando sensivelmente
os seres vivos que dependem diretamente do equilíbrio ecológico para melhores
condições de existência, incluindo entre esses o gênero humano.
O verde é indispensável para a
melhoria da qualidade de vida do povo do semiárido em razão que proporciona
bem-estar, conforto e alívio para os rigores climáticos cada dia mais intensos
devido à exponencialização da antropização.
Plantar árvores parece que não
tem sido observado com grande destaque nos pequenos e médios centros urbanos do
semiárido, os quais destacam a ênfase à contínua migração campo-cidade,
intensificada sobretudo a partir da década de oitenta do século passado.
A prática cultural de plantar
árvores, existente no campo, vem sendo abandonada em função de diversas atividades
que consomem tempo e denotam mudanças de comportamento devido a uma nova forma
de existência, marcada pelas exigências da vida urbana.
Imprescindível que tanto o
público como o privado destaquem iniciativa de plantar árvores, de preferências
nativas do semiárido, adaptadas ao meio ambiente natural, as quais constituem
verdadeiros milagres da natureza.
[1] José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-Adjunto IV do
Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e
Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em
Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UERN).
[2]
Marcela Ferreira Lopes. Geógrafa-UFCG/CFP. Especialista em
Educação de Jovens e Adultos com ênfase em Economia Solidária-UFCG/CCJS.
Graduanda em Pedagogia-UFCG/CFP. Membro do grupo de pesquisa (FORPECS) na mesma
instituição.
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