Da Redação
— Custa somente R$ 160 milhões por ano para pegar uma cidade típica brasileira de 36 mil habitantes e transformá-la em educação de altíssima qualidade. É muito pouco, mas o município não tem esse dinheiro. A União tem — insistiu Waldery Rodrigues Junior.
A federalização da educação básica foi tema de
audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) nesta
quarta-feira (19), com a participação dos professores premiados no
Programa Jovem Senador 2014.
A escolha do tema da audiência foi feita pelos próprios educadores
que estão em Brasília para participar do Programa Jovem Senador.
A proposta
O consultor do senado Waldery Rodrigues Junior apresentou a proposta
de federalização da educação de autoria do senador Cristovam Buarque
(PDT-DF), que está em discussão na Casa (PDS 460/2013).
Ele citou cálculos que demonstram a viabilidade da implantação do
projeto no prazo de vinte anos utilizando pouco menos de dez por cento
do PIB do país.
Os investimentos, segundo Waldery, vão permitir que a educação
pública brasileira alcance o nível das nações que lideram os rankings
internacionais, como a Coréia do Sul e a Finlândia. Na opinião do
consultor, o gasto é compatível com a realidade brasileira.
— Custa somente R$ 160 milhões por ano para pegar uma cidade típica brasileira de 36 mil habitantes e transformá-la em educação de altíssima qualidade. É muito pouco, mas o município não tem esse dinheiro. A União tem — insistiu Waldery Rodrigues Junior.
Para o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), os professores precisam
acompanhar a discussão no parlamento de projetos sobre a educação e
fiscalizar a ação dos seus representantes para defender o ensino público
com qualidade.
— Porque se você pega milhões de brasileiros e quer dar a eles a oportunidade de ter uma escola boa, tem um gasto razoável, não é barato. Isso sai caro. É caro, mas deve ser feito para você evitar que se criminalize a juventude — afirmou Inácio Arruda.
— Porque se você pega milhões de brasileiros e quer dar a eles a oportunidade de ter uma escola boa, tem um gasto razoável, não é barato. Isso sai caro. É caro, mas deve ser feito para você evitar que se criminalize a juventude — afirmou Inácio Arruda.
Politização
O senador Paulo Davim (PV-RN), presidente da Comissão do
Programa Jovem Senador, falou sobre a importância do projeto para a
politização dos jovens. Ele contou que neste ano foram mobilizados mais
de 150 mil jovens.
Mas o parlamentar não considera o resultado satisfatório. Para ele a
proposta é ir além de premiar os jovens, trazê-los para Brasília e
colocá-los no plenário do Senado para discutir algumas ideias. A
intenção, afirmou, é politizar os estudantes, reconhecer talentos e
fortalecer a escola. Ele ainda lembrou que os educadores são essenciais
para divulgar o prêmio nas cidades.
— Se o professor conhecer de perto esse projeto eu tenho certeza que
teremos aliados fortes, para ajudar a dar capilaridade a esse projeto.
Queremos que a sociedade por inteiro se politize e nada melhor do que
começarmos pela juventude — disse Davim.
Também participaram da audiência pública os senadores Wilson Matos (PSDB-PR) e Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento para a realização do debate junto com o presidente da CE, senador Cyro Miranda (PSDB-GO).
Com informações da Rádio SenadoTambém participaram da audiência pública os senadores Wilson Matos (PSDB-PR) e Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento para a realização do debate junto com o presidente da CE, senador Cyro Miranda (PSDB-GO).
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