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Chapa ‘puro sangue’ do PT gera crise com aliados

A aliança PSD, PT e PCdoB para o pleito do Rio Grande do Norte, que lançará Robinson Faria ao Governo e Fátima Bezerra ao Senado, enfrenta uma crise antes mesmo do lançamento da chapa. O foco do problema está na indicação do candidato a primeiro suplente na chapa de Fátima Bezerra.

Alex Régis
Antenor Roberto evita falar em racha político

O PCdoB pleiteava a indicação. No entanto, os dirigentes petistas afirmaram que não teriam como aceitar um filiado de outra legenda porque há resolução do partido afirmando que a chapa de Fátima Bezerra ao Senado será “puro sangue”, ou seja, com a indicação dos dois suplentes do mesmo partido da candidata.

O PT quer a indicação do primeiro suplente para o consultor em energias, Jean-Paul Prates, e a segunda para o empresário Raimundo Glauco, que já foi candidato a deputado estadual em outras eleições.

O presidente estadual do PCdoB, Antenor Roberto, relatou que em reunião com Fátima foi informado sobre a resolução dos petistas definindo as indicações para suplência como sendo exclusivas do próprio PT. 

“Não há inteligência política nisso. Se (o PT) tivesse nome que agregasse política e eleitoralmente poderia ser explicada essa acumulação política do PT”, analisou Antenor Roberto. Ele informou que em reunião na última sexta-feira, sugeriu à pré-candidata ao Senado a indicação de Airene Paiva, tabelião em Parnamirim, filiado ao PCdoB. “Ele (o tabelião) viria a integrar e somar porque faz parte de um segmento presente em todo Estado. A categoria dos tabeliãs é importante e somaria para chapa”, avaliou Antenor, ressaltando que a indicação do seu partido serviria para acumular força “política e eleitoral”.

Antenor Roberto ponderou que a própria deputada tem dificuldades no partido, já que internamente o PT é composto por várias tendências. “Há uma falta de liga política nesse argumento do PT (de fazer indicação para primeiro e segundo suplentes)”, observou o líder do PCdoB, ressaltando que se a chapa ao Senado for integrada apenas por membros do PT “é um elemento menor de acumulação política”.

Assembleia
Antenor Roberto evita falar em racha com a crise ocorrida a partir da indicação do suplente. “Isso não leva à ruptura, mas a questão é saber como o PCdoB vai hipotecar em torno da candidatura de Fátima Bezerra”, analisou.

Ele confirmou que a partir de hoje o partido entra em “assembleia permanente” até a convenção, marcada para o dia 29 deste mês. “A assembleia permanente é para que os companheiros possam entender como é a correlação de forças. O fato é que nosso pessoal não quer ser coadjuvante do PT”, completou.

A crise entre os dois tradicionais aliados já ganhou as redes sociais. Liderança do PCdoB em Mossoró, onde foi candidato a prefeito, Gutemberg Dias postou no seu perfil no Twitter que havia uma grande “insatisfação” dos correligionários do PCdoB com o posicionamento dos petistas. “Muita insatisfação na militância do PCdoB com a história do PT indicar o primeiro suplente de Fátima Bezerra”, escreveu Dias.

Ele foi além: “Consideramos muito o PT, mas tudo tem seus limites. Voto muito tranquilo Fátima Bezerra, mas posso mudar o voto com muita tranqüilidade também”.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou falar com ontem com a deputada federal Fátima Bezerra e com o presidente estadual do PT, Eraldo Paiva. Mas ambos não atenderam às ligações feitas.


Tribuna do Norte

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