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Prof. Vingt-un Rosado, Um Pioneiro da Cultura Mossoroense


Por Almir Nogueira da Costa

Não podemos falar em pioneirismo da cultura local sem lembrarmos o nome de Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, um homem que bem além do seu tempo impulsionou a cultura desta terra de Santa Luzia para os patamares da historiografia mossoroense. Entre seus trabalhos pioneiristas estão: Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte, Museu Histórico Municipal Lauro da Escóssia, Coleção Mossoroense, Academia Mossoroense de Letras, entre outros.

Em meio aos seus trabalhos ou atividades culturais, vamos nos deter um pouco sobre o Vingt-un como um dos pioneiros e fundadores da Academia Mossoroense de Letras (AMOL), neste município e cidade de Mossoró – Rio Grande do Norte.

Sempre foi ideia de Vingt-un, assim como de outros intelectuais locais, fundar uma academia para desta forma homenagear patronos que, de uma forma ou de outra, muito contribuíram para com esta urbe; seja no sentido cultural, histórico ou através dos seus empórios comerciais, dentre outros.

Assim sendo, olhando de sobre a história desta instituição local, busquei no pesquisador, escritor e historiador, supracitado, a história desta Academia para conhecimento nosso e dos nossos leitores. Em sua apresentação no livro AMOL – Seus Patronos e Acadêmicos, da autoria do imortal Raimundo Soares de Brito, pág. 7, ano 2008, KMP Gráfica & Editora, Benedito nos conta que ao completar 68 (sessenta e oito) anos de idade, o mestre Jerônimo Vingt-un Rosado Maia foi homenageado numa Sessão Solene de Fundação da Academia Mossoroense de Letras (AMOL), na sede que havia sido recém-criada na Academia Norte Rio-grandense de Ciências (ANOCI), que outrora ficava nas instalações do Campus Central da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), atual Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). A comissão idealizadora da AMOL foi composta por ele, Benedito Mendes, o inolvidável Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, o historiador e pesquisador Raimundo Soares de Brito e o intelectual Paulo de Medeiros Gastão. O nosso apresentador continua narrando todo o acontecimento e nos informando que no dia 25 de setembro de 1988, se faziam presentes ao evento o prefeito de então, Jerônimo Dix-huit Rosado Maia; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Enélio Lima Petrovich; o presidente do Instituto Cultural do Oeste Potiguar, Dr. Elder Heronildes da Silva, e toda intelectualidade local como representante dos futuros membros e imortais da citadina Academia. Nesse contexto, “foram eleitos por aclamação à primeira Diretoria Executiva, o primeiro Conselho Consultivo e os sócios fundadores da nova entidade cultural. Os Estatutos da AMOL previamente redigidos e distribuídos com os futuros sócios também foram aprovados por unanimidade.”

Concluído o evento da sessão magna, todos estavam eufóricos com a ideia da honrosa entidade, no coquetel de confraternização. Agora, com esta nova instituição cultural, todos estavam conscientes de que a cultura mossoroense teria um grande impulso, eles apostavam num soerguimento da vida cultural da cidade e, entre esses, como vimos, se fazia presente o inolvidável Prof. Vingt-un Rosado.

Portanto, fundada aos vinte e cinco dias do mês de setembro de mil e novecentos e oitenta e oito, a Academia Mossoroense de Letras, fruto do esforço e da inteligência de homens comprometidos com os costumes, a cultura e a história mossoroense vêm desempenhando um papel importantíssimo no seio da sociedade local. No dizer de Benedito: “é uma entidade viva, atuante, que produz livros e outros trabalhos literários em grande quantidade e de excelente qualidade, graças à inteligência e à competência de seus sócios.” Após 22 (vinte e dois) anos de existência, nossa Academia Mossoroense de Letras, esteve à frente de sua presidência três personalidades célebres locais: Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, um dos seus fundadores pioneiros; Raimundo Soares de Brito e, atualmente, está sob o comando do Dr. Elder Heronildes da Silva. 

O mestre Vingt-un, junto a alguns homens de letras deste município fizeram a seleção dos 40 (quarenta) imortais que iriam ser homenageados como patronos, suas naturalidades e o número da cadeira ocupada por cada um deles. A relação dos eleitos foi a seguinte:

Jonas Reginaldo da Rocha, natural de Mossoró, patrono da cadeira de número 1; Jorge Freire de Andrade, patrono da cadeira número 2, natural da cidade e município de Aracati – Estado do Ceará;

José Martins de Vasconcelos, patrono da cadeira de número 3, nascido na cidade de Apodi, deste Estado; José Otávio Pereira de Lima, patrono da cadeira de número 04,nasceu na cidade de Araruna – Estado da Paraíba; Lavoisier Maia, patrono da cadeira de número 5, nasceu na cidade de Brejo do Cruz, Estado da Paraíba; Aurélio Waldemiro Pinheiro, ocupante da cadeira de nº 6, nasceu na cidade e município de São José do Mipibu, na microrregião de Macaíba – Estado do Rio Grande do Norte; Raul de Oliveira Caldas, patrono da cadeira nº 7,nascido em Mossoró; Maria Sylvia de Vasconcelos Câmara, patrona da cadeira de nº 8,nasceu nesta cidade de Mossoró; Jerônimo Rosado, patrono da cadeira de nº 09, nasceu na cidade de Pombal – Paraíba, pai do professor Vingt-un Rosado; Antonio Pinto de Medeiros, patrono da cadeira de nº 10; Luiz Ferreira Cunha da Mota, patrono da cadeira de número 11, nasceu em Mossoró; Lauro da Escóssia, patrono da cadeira nº 12, nasceu em Mossoró; Joaquim Inácio de Carvalho Filho, patrono da cadeira de número 13, natural da cidade de Martins, deste Estado; Tibério Conrad Burlamaqui, patrono da cadeira de número 14, nasceu na cidade de Oeiras – Estado do Piauí; Joaquim Ribeiro Freire, patrono da cadeira de número 15, natural do vizinho Estado do Ceará; Cosme Corsino Lemos, patrono da cadeira nº 16, nasceu no município e cidade de Martins, deste Estado; Tércio Rosado Maia, patrono da cadeira de número 17, nasceu em Mossoró; Luís da Câmara Cascudo, patrono da cadeira de número 18, Sebastião Fernandes de Oliveira, patrono da cadeira de número 19, natalense; Caetana de Brito Guerra (Santa Guerra), é patrona da cadeira de número 20; nasceu no Brejo do Apodi, atualmente Felipe Guerra, deste Estado; Alípio Bandeira, patrono da cadeira de número 21, nasceu em Mossoró; Adauto Miranda Raposo da Câmara, cadeira número 22, nasceu em Mossoró (RN); Francisco Fausto de Souza, patrono da cadeira nº 23, nasceu em Mossoró, José Leite de Aragão Mendes, patrono da cadeira 24, nasceu nesta cidade de Mossoró; Felipe Neri de Brito Guerra, Patrono da cadeira nº 25, nasceu na cidade de Augusto Severo, deste Estado; Inácio Meira Pintos, Patrono da cadeira nº 26, nasceu em Ceará-Mirim, deste Restado; Rafael Fernandes Gurjão, patrono da cadeira nº 27, nasceu na cidade de Pau dos Ferros, deste Estado;Paulo Pereira da Luz, patrono da cadeira de nº 28; João Batista Portocarrero Costa, Patrono da cadeira de nº 29, nasceu na cidade de Santo Antão da Vitória, Estado de Pernambuco; Jeremias da Rocha Nogueira, Patrono da cadeira nº 30, nasceu em Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte; Manoel Assis, Patrono da cadeira de nº 31, nasceu na cidade e município de Santana do Matos, Estado do Rio Grande do Norte; Mario Negócio de Almeida e Silva, patrono da cadeira de nº 32, nasceu em Fortaleza, Estado do Ceará; Amâncio Ramalho – Patrono da cadeira de nº 33, nasceu na cidade de Misericórdia, Estado da Paraíba; Abel Freire Coelho, patrono da cadeira nº 34,nasceu em Macaíba (RN); Isauro Nono Rosado, patrono da cadeira de nº 35, nasceu neste município e cidade de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte; Manoel de Almeida Barreto, Patrono da cadeira Nº 36, nascido em Marajá, sítio do Município de Canguaretama/RN; Raimundo Rubira da Luz, Patrono da Cadeira nº 37;Walter da Fonseca Wanderley, Patrono da Cadeira Nº 38,Macauense, deste Estado; Alfredo Simonetti, Patrono da cadeira nº 39, nasceu em Assu (RN) e Silvério Soares de Souza, Patrono da cadeira nº 40, Nasceu em Areia Branca/RN.

Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, um dos pioneiros como fundador desta Academia, era o primeiro ocupante da cadeira de Alípio Bandeira. Em se tratando de cultura, o professor Vingt-um fora uma grande celebridade cultural mossoroense, que nasceu no dia 25 de setembro de 1920, em Mossoró (RN). Vingt-un era casado com América Fernandes Rosado Maia (12 de março de 1922 + 21 de dezembro de 2009), nascendo desse enlace matrimonial, os seguintes filhos: Maria Lúcia Fernandes Rosado, Jerônimo Vingt-un Rosado Maia Júnior, Jerônimo Dix-sept Rosado Maia Sobrinho, Lúcia Helena Rosado da Escóssia, Isaura Ester Fernandes Rosado Rolim e Leila Rosado. Era o filho mais novo do senhor Jerônimo Rosado e Isaura Rosado. Vingt-un como toda criança de uma boa família, recebeu também uma boa educação em todos os aspectos. Sua formação acadêmica se deu na Escola Superior de Agricultura de Lavras (MG), atual Universidade Federal de Lavras (MG), sob o registro de nº 3.409 (23/01/1945).

No aspecto político, candidatou-se a Prefeito de Mossoró no ano de 1968, não obtendo sucesso no pleito eleitoral; mas, no período de 1973 a 1977 assumiu o cargo de Vereador. No que se refere aos cargos públicos, ele ocupou os seguintes: Tesoureiro do Centro Estudantil Mossoroense; Bibliotecário da Biblioteca Cônego Estevam Dantas; no Grêmio Literário Santa Luzia; Redator da Revista “O Agricultor”, na Escola Superior de Agricultura de Lavras (MG);Bibliotecário do Clube Ipiranga; Primeiro Secretário e Bibliotecário do Centro Acadêmico de Agronomia da Escola Superior de Agricultura de Lavras (MG); Secretário da Cooperativa de Crédito Mossoroense; Diretor-Presidente da Mossoró Sociedade Rádio Ltda; Vice-Presidente da Sociedade dos Amigos do Museu Nacional (1962-1963); Presidente do Instituto Brasileiro do Sal (1961-1964); Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (1965); Presidente da Sociedade Botânica do Brasil (1973-1974); Diretor-Gerente da Sociedade Anônima Jerônimo Rosado; Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Sal (1961-1964); Diretor Responsável da “Brasil Salineiro” (1961-1964); Primeiro Secretário do Instituto Cultural do Oeste Potiguar; Presidente do Conselho Técnico-Administrativo da ESAM (1974-1978); Diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (1988-1990); Coordenador da Sociedade Brasileira de Malacologia/RN (1975-1977); Presidente da Fundação Guimarães Duque (1978-1991); Presidente do Conselho Técnico-Científico da Fundação Guimarães Duque (1978-1991) entre muito outros. 

O mestre Vingt-un foi um homem de um currículo riquíssimo na prestação de serviços à cultura e comunidade mossoroense, principalmente e, em reconhecimento ao grande homem que foi, muitas homenagens lhe foram feitas ainda em vida. Entre essas podemos citar: Professor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (25/05/1981); Diploma de Amigo da Cultura pelo Conselho Estadual de Cultura do Ceará (03/03/1983); Professor Emérito da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (18/07/1981); Paraninfo dos Contadores da Escola Técnica de Comércio União Caixeiral (1949); Honra ao Mérito: Turma de Engenheiros Agrônomos da ESAM (1971); Medalha do Mérito da Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (1983); Medalha do Mérito Mossoroense (31/01/1083); Paraninfo Geral dos Concluintes de todos os cursos da Universidade Regional do Rio Grande do Norte (17/12/1983); Sessão de Homenagem do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba (1982); Diploma de Honra ao Mérito da Sociedade Recreativa dos Engenheiros Agrônomos de Mossoró (1985); Medalha Comemorativa do Cinquentenário da Academia Norte Rio-grandense de Letras (03/12/1986);Instituição das Sessões Magna Branca pela Loja Maçônica Jerônimo Rosado (a partir de 25/09/1990); Medalha “Alberto Maranhão”, pelo Conselho de Cultura do Rio Grande do Norte (1998); Comenda de Honra ao Mérito de Serviço Literário (14/09/1991); Mérito Centenário “Câmara Cascudo”, Prefeitura de Natal/RN (1998); Homenagem do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte aos 50 Anos da Coleção Mossoroense; Diploma de Honra ao Mérito concedida pela Loja Maçônica Jerônimo Rosado (25/09/1999); Presidente de Honra da Academia Norte Rio-grandense de Ciências (30/10/1992); Patrono da Turma de Formando da Escola Palas Atenas (2000); Patrono dos Formandos do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (17/05/2002); Comenda “Carlos Drummond de Andrade” pelo 1º Encontro Norte-Nordeste de Autores Literários (08,09/08/2003); entre muitas outras homenagens. 

O grande defensor da cultura local, entre tantas boas ações, nos deixou também o importante legado da Fundação Vingt-un Rosado, onde estão catalogadas todas as obras da Coleção Mossoroense, uma das maiores registradas em todo o Brasil. Para se ter uma ideia do sucesso dessa Coleção, em junho de 2005, foi publicada uma plaquete de autoria do próprio Vingt-un, sob o título: A Coleção Mossoroense e sua História de 56 Anos de Teimosia, cujo número estava sob o registro de nº 2.711.

Na Fundação que tem o seu nome, foi ele o organizador de muitos trabalhos culturais e históricos, nos quais podemos citar: Os Silvícolas Brasileiros e o Preformismo (1949); Breve Noticia Sobre a Batalha da Cultura (1978); ESAL, ESAM (1992); Os quatro Grandes da História da ESAL (1992); Conversa Sobre a Bastilha (1995); Um Possível Caso de Telegonia Entre os Nossos Indígenas Mencionado por Anchieta (1949); Três Discursos (1953); Dez Temas de Genética (1956); Conversa Sobre a Paleontologia da Região de Mossoró (PMM/DDEC); Alguns Dados Genealógicos Sobre a Família Rosado (1958); Três Crônicas Sobre o 13 de Junho (1977); A Abolição, Festa da Inteligência (1965); Alguns Apontamentos Sobre Tibau (1980); Saudação ao Ministro João Alves Filho (1989); Discurso do Náutico (1990); Discurso de Brasília (1990); Visitando o Sertão (1991); Documentário Abolicionista (1991); A Hipótese do Deslizamento dos Continentes e o Museu Municipal de Mossoró (1991); Comentários ao Histórico da Exploração na Bacia Potiguar Imersa (1991); Mossoró no Cinquentenário da Academia Paraibana de Letras (1991); Discurso da União Caixeiral (1991); Carlota Joaquina de Paiva Maury (1991); Um Plano de Arborização da Cidade em 1977 (1991); João Ulrich Graf (1991); Três Discursos na Noite da Cultura (1992); Homenagem a Pedro Batista de Melo (1992); Mensagem a Dix-huit Rosado (1996); Nove Meses na Vida de Uma Fundação de Cultura (1996); Chegamos a Iracema nas Asas da Poesia (1998); Ao ICOP, o Nosso Muito Obrigado (1998); Luiz da Câmara Cascudo e Mossoró (1999); A História do Petróleo Potiguar, Antes e Depois de 1979 (2000);Os Problemas da Saúde na Intendência Jerônimo Rosado (2000); Lembranças de Dix-sept (2001); As Histórias de Mossoró (2001); O Meu Encontro Com o Motim das Mulheres (2002); Oito Localidades Fossilíferas de Amonoides na Bacia Potiguar (2002); Os Notáveis Que Vicente Sabóia Trouxe para Mossoró (2003); O 30 de Setembro Nasceu na Maçonaria (2003), dentre outros. 

Todo esse amor incansável em prol da cultura da gente, contribuiu também para descobrir talentos literários, em prosa ou verso, dentre eles: Crispiniano Neto / Erro de Lá, Fraqueza de Cá; Vingt-un Rosado / Desta Vez os Britânicos da Petrobras Vieram de Outros Países do Continente Brasileiro; Geraldo Maia / Mossoró-153 Anos de Emancipação Política; Ana Luiza Cardoso / Museu Preserva Memória Sertaneja; Marcos Pinto / Família Paraguai. De Apodi ao Governo do RN; Vingt-un Rosado / Um Dia as Torres Voltarão aos Sagrados Chãos de Mossoró; Vingt-un Rosado / A Faculdade de Medicina de Mossoró e Um Começo de História; José Romero / A Importância do Mecenato da Batalha da Cultura, em visita de Vingt-un Rosado à Pombal/PB; Jerônimo Dix-sept Rosado Maia Sobrinho / Curriculum Vitae; Vanja Lúcia Freitas dos Reis / Sopro Lírico; Geraldo Maia / A Festa da Padroeira; Nestor Lima / Notas Bibliográficas Norte Rio-grandense; Luiz da Câmara Cascudo / Figuras do RN (2ª Edição); Cid Augusto / Entrevista com Tomislav Femenik; Jornal Gazeta do Oeste / Pe. Sátiro, 50 Anos de Sacerdócio, dentre muitos outros perfazendo um total de 4.320 (quatro mil, trezentos e vinte) títulos até julho de 2005.

Portanto, aí está esse pequeno histórico biográfico de um dos maiores símbolos da cultura Mossoroense chamado Jerônimo Vingt-un Rosado Maia. Há ainda muito que descrever sobre esse grande homem que ao longo de sua vida labutou em prol de sua terra, da sua gente e da cultural local. Porém, usando da sua simplicidade colocava-se no pé de igualdade dos seus, sem nunca deixar o status e a sua posição social subir-lhe à cabeça. Afinal, os grandes homens são simples, humildes, diplomáticos, educados, corteses, inteligentes, e assim era Vingt-un.

O professor, escritor, agrônomo, trabalhador braçal da cultura mossoroense faleceu no dia 21 de dezembro de 2005, deixando saudades para os familiares e os amantes da cultura e da história local.


Prof. Almir Nogueira da Costa é Diretor da Biblioteca Pública Municipal Ney Pontes Duarte – Mossoró - RN

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