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Polícia Federal vai ajudar no combate a criminosos na sexta, diz Beltrame

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, anunciou na noite desta quinta-feira (25) que 300 agentes da Polícia Federal darão apoio às ações de combate a criminosos na Região Metropolitana do Rio a partir de sexta-feira (26).
“A polícia amanhã terá reforço da Polícia Federal. São ações complexas, mas temos objetivos de onde queremos chegar”, disse Beltrame.
Ainda segundo ele, a polícia vai continuar ocupando favelas como Vila Cruzeiro, na Penha, no subúrbio, por tempo indeterminado.
“A polícia está lá e não vai sair de lá. Amanhã teremos outras ações estratégicas que não posso revelar o que vai ser feito daqui pra frente para não colocar em risco os policiais. Os trabalhos de repressões precisam ser feitos, precisamos ir atrás das pessoas que fazem isso. Chegamos lá, devemos ir em frente. Os senhores produziram imagens, graças a Deus, e estão mostrando esse problema para o Brasil e o mundo. Não é um problema só do Rio de Janeiro, mas isso não pode continuar”, ressaltou.
Beltrame se mostrou satisfeito com os índices de criminalidade no Rio que, segundo ele, vêm caindo há 15 meses. O secretário confirmou também que onze presos em ações criminosas serão transferidos para presídios de segurança máxima fora do estado do Rio.
As informações foram dadas durante uma coletiva de imprensa na noite desta quinta, que reuniu, além de Beltrame, o chefe de Polícia Civil do Rio, Alan Turnowski, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, o superintende da Polícia Federal do Rio, Ângelo Gioia, e comandante da Marinha, Pedro Ernesto. 
Já o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, não quis falar em balanços de mortos e feridos nos combates nesta quinta, mas confirma que a presença do Bope na Vila Cruzeiro vai continuar. "O Bope entrou para ficar. Vamos permanecer lá". 
O chefe da Polícia Civil também ficou satisfeito com os resultados. "A polícia tem condição de entrar me qualquer lugar. A polícia está muito motivada. Muitos policiais comemoravam o retorno e o resgate daquele local (Vila Cruzeiro). A gente acredita que vai ganhar essa guerra", enfatizou Turnowski.
Oito feridos no Hospital Getúlio Vargas
A Secretaria estadual de Saúde informou que oito feridos deram entrada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio, nesta quinta. A Secretaria, no entanto, não especifica o número de inocentes e de criminosos.
Vila Cruzeiro
A polícia do Rio chegou ao topo da Favela Vila Cruzeiro, no bairro da Penha, Zona Norte do Rio, por volta das 17h desta quinta-feira (25), após uma megaoperação no local. Durante a ação, que durou quatro horas, muitos homens fugiram da Vila Cruzeiro com destino ao Complexo do Alemão.
A operação da polícia é liderada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e usa ao menos 350 homens (200 da Polícia Civil e 150 do Bope), com o apoio da Marinha, que cedeu nove blindados.
Desde domingo, o Rio vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança. Segundo o governo, é uma reação à política de Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, na qual a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos. São pelo menos 25 os veículos incendiadosa PM informou que prendeu nesta quinta 11 suspeitos e apreendeu 3 galões de gasolina, 6 dinamites e 6 espoletas. Oito pessoas morreram. somente nesta quinta. Pouco antes das 16h,
MAIS FERIDOS - Duas pessoas feridas nos confrontos na Vila Cruzeiro chegaram no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio do Rio. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, as vítimas são um adolescente, de 16 anos, e um jovem de 21.
MORADORES ASSUSTADOS - O cerco a criminosos na Vila Cruzeiro, na Penha, faz com que moradores e trabalhadores das proximidades do conjunto de favelas escolham não voltar para casa. Um grêmio recreativo virou abrigo. O servente José Pereira, de 33 anos, atingido no tornozelo, também está com medo: “Fico muito triste com essa situação. Meus filhos já não vão à escola há dois dias”. Alguns criminosos chegaram a colocar fogo em pneus.
LENÇÓIS BRANCOS - Os moradores do conjunto de favelas do Alemão estenderam lençóis e toalhas brancas, como um pedido de paz na comunidade, que é alvo de traficantes e facções criminosas.
CAVEIRÃO E BLINDADOS DANIFICADOS - A megaoperação na Vila Cruzeiro teve um caveirão com pneu furado e dois blindados da Marinha avariados, sendo que um já retornou à favela. O primeiro, atingido por tiros, saiu de combate mais cedo.
ÔNIBUS SEM CIRCULAR - Pelo menos 115 ônibus estão sem circular na região da comunidade Vila Cruzeiro, na Penha, por conta da megaoperação. Segundo a Federação de Empresas de Ônibus do RioFetranspor, a viação Nossa Senhora de Lourdes está com quase todos seus coletivos dentro da garagem, que fica próxima à favela.
FUGA DE BANDIDOS - Pouco depois das 15h, a ação policial na Vila Cruzeiro provocou fuga em massa de criminosos da comunidade. Sob ataque da polícia, eles fugiam por uma estrada no alto da favela a pé, em motos e picapes. Imagens gravadas de um helicóptero mostraram mais de cem homens entrando fortemente armados na mata, numa via que seria um dos acessos para o Conjunto de favelas do Alemão.
REFORÇO - Mais de uma hora depois de a polícia entrar na Vila Cruzeiro, na Penha, no subúrbio do Rio, a megaoperação ganhou reforço para uma nova fase na ocupação. São mais de 200 policiais civis, três blindados da Marinha e quatro caveirões do Bope.
EXPLOSIVO - Mesmo com uma megaoperação do Bope no local, dois criminosos em uma bicicleta jogaram um artefato explosivo no Largo da Penha, região da Vila Cruzeiro.
Equipe do Bope na Vila Cruzeiro nesta tarde 
Equipe do Bope na Vila Cruzeiro nesta tarde
(Foto: Reprodução / TV Globo)
POLICIAL ATINGIDO - Um policial ficou ferido no confronto com traficantes na Vila Cruzeiro. Segundo a polícia, ele foi atingido no braço numa localidade conhecida como Pedra do Sapo.
JOVEM BALEADO - Um jovem, de 21 anos, foi atingido por uma bala perdida próximo à Vila Cruzeiro no início desta tarde. Segundo funcionários do hospital, ele foi alvejado na nádega.
INSTALAÇÃO DE UPP - Fontes ligadas ao Governo do Rio confirmaram a instalação de uma UPP na Vila Cruzeiro.
TIROTEIO - Por volta das 13h, havia tiroteio na Vila Cruzeiro. E parte do comércio da região, no subúrbio do Rio, fechou as portas. O clima é de tensão na área e poucos veículos passam pelo entorno da favela.
"VAMOS DOMINAR OS CRIMINOSOS" - "Essa operação não é de entrada ou saída. Vamos dominar e prender os criminosos", afirmou o coronel da PM, Álvaro Garcia.  Segundo ele, serviços de inteligência da polícia indentificaram que muitos marginais estão na Vila Cruzeiro porque saíram de comunidade que foram pacificadas.
Blindado da Marinha utilizado em ação da polícia 
Blindado da Marinha utilizado em ação da polícia
(Foto: Jadson Marques / Agência Estado)
BLINDADOS - Os veículos blindados da Marinha que reforçam as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) vão servir apenas para o transporte de policiais na megaoperação que acontece nesta quinta. "É a primeira vez que ao Bope utiliza este tipo de força em uma operação no Rio", afirmou o comandante do Bope Paulo Henrique Moraes.
TENTATIVA DE BLOQUEIO - Mais cedo, quatro homens em duas motocicletas tentaram utilizar um caminhão de lixo para bloquear a passagem na Rua Tenente Luís Dorneles, na entrada do Grotão, na Vila Cruzeiro. Segundo a Comlurb, os bandidos teriam ordenado que o motorista permanecesse no local bloqueando o acesso à comunidade. Ainda de acordo com a empresa, depois de dar a ordem, eles teriam deixado o local e o motorista ligou o caminhão e fugiu.
ESCOLAS FECHADAS - Sete escolas e uma creche foram fechadas nesta manhã. Das unidades de educação, apenas uma é estadual. No entanto, segundo a Secretaria estadual de Educação, outras três escolas estaduais estão  fechadas por conta da onda de violência, em Manguinhos, Madureira e Bonsucesso. Só no município, são mais de 12 mil alunos sem aulas.
Oficiais em operação na Vila Cruzeiro 
Oficiais em operação na Vila Cruzeiro (Foto: Felipe
Dana/AP)
GALERIA DE FOTOS - Confira seleção de imagens das operações policiais e dos ataques no Rio desde o último domingo.
BOMBEIROS AJUDAM HOSPITAL - A Secretaria estadual de Saúde informou que reforçou o atendimento na emergência do Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Médicos do Corpo de Bombeiros foram deslocados para a unidade para atender os possíveis feridos da operação policial na Vila Cruzeiro. Segundo a secretaria, desde a última quarta-feira (24), 21 pessoas que estariam na comunidade durante o confronto entre a polícia e os criminosos chegaram feridas ao hospital. Dessas, quatro morreram e três continuam internadas na unidade.

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