A Guerra de Canudos, que durou de 1896 a 1897, é com certeza a página mais sangrenta da história do Brasil. Foram necessárias quatro expedições do Exército para decretar a derrota definitiva do beato Antonio Conselheiro, líder da uma multidão de seguidores movidos pela fé e em defesa da volta da Monarquia no lugar da República. Na quarta tentativa para derrotá-lo, a ordem do então presidente Prudente de Morais ao comandante da tropa, o general Arthur Oscar, herói da Guerra do Paraguai, era uma só: não deixar restar pedra sobre pedra. Mas restou, embora o império de Antonio Conselheiro tenha, enfim, caído. A Guerra de Canudos -- além de legar para a literatura brasileira o magistral livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, repleto de momentos de extremo sofrimento por que passaram todos os personagens -- deixou também uma marcante referência para a arquitetura brasileira, as igrejas que o Conselheiro construiu na maioria das cidades por onde passou com seu exército de sertanejos.
Como foi – Estive na região de Canudos várias vezes, uma delas com o colega da Veja, Roberto Pompeu de Toledo. Era uma matéria para a capa da revista e ficamos na região por quase duas semanas. Entrevistamos e fotografamos personagens ligados à história e não deixamos de botar olhos nas obras do Conselheiro. Uma delas é a igrejinha edificada na praça principal de Crisópolis, no Norte da Bahia. Seguindo o mesmo padrão de desenho dos outros templos erigidos segundo sua imaginação, a capela ostenta a torre com três triângulos, uma porta grande no centro e um trio de janelas superiores. Ao alto, perto das cruzes, em letras bem legíveis a frase por ele mesmo escrita, ”Só Deus é grande”. Orlando Brito.
Como foi – Estive na região de Canudos várias vezes, uma delas com o colega da Veja, Roberto Pompeu de Toledo. Era uma matéria para a capa da revista e ficamos na região por quase duas semanas. Entrevistamos e fotografamos personagens ligados à história e não deixamos de botar olhos nas obras do Conselheiro. Uma delas é a igrejinha edificada na praça principal de Crisópolis, no Norte da Bahia. Seguindo o mesmo padrão de desenho dos outros templos erigidos segundo sua imaginação, a capela ostenta a torre com três triângulos, uma porta grande no centro e um trio de janelas superiores. Ao alto, perto das cruzes, em letras bem legíveis a frase por ele mesmo escrita, ”Só Deus é grande”. Orlando Brito.
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