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PMDB racha na disputa por quem apoiar para o Governo

credito nominuto.com

Quanto mais próximo fica o ano eleitoral, mais desenhadas começam a aparecer as alianças. Os aliados históricos discutem quais são seus melhores quadros para o pleito, oposição e situação trocam farpas antes mesmo do período eleitoral e cada partido vai se acomodando para a disputa dos votos. No entanto, o maior partido do país e um dos mais importantes no estado, o PMDB, segue rachado. No plano nacional, a tendência é que a legenda, que ocupa boa parte do Governo, se mantenha ao lado do presidente Lula.

Já no Rio Grande do Norte, os dois maiores líderes da legenda, Henrique Eduardo Alves e Garibaldi Alves Filho, seguem divididos - e com eles a legião de prefeitos peemedebistas pelo estado. Tanto o líder do PMDB na Câmara dos Deputados quanto o ex-presidente do Senado têm seus motivos para defender a aliança da base aliada a Lula ou a candidatura de Rosalba Ciarlini (DEM) ao Governo.

Em encontro com o presidente Lula na última terça-feira (13), Garibaldi Filho externou o seu posicionamento favorável à candidatura de Rosalba Ciarlini, reafirmando ao petista que a base do PMDB no Rio Grande do Norte, assim como em grande parte do Brasil, está dividida. O senador, que disputou e perdeu a eleição para o Governo do Estado em 2006 com o apoio do Democratas, manteve boas relações com a senadora Rosalba, que chegou ao Congresso na ocasião da aliança.

Com a liderança disparada da democrata nas pesquisas e a proximidade que o peemedebista manteve com militantes do DEM, a aliança em torno de Rosalba poderia beneficiar a sua disputa pela reeleição. Entretanto, Henrique não quer ouvir falar em aliança do PMDB com o DEM no estado.

Um dos principais articuladores do Congresso Nacional, e o deputado que exerceu mais mandatos em Brasília, Henrique Eduardo Alves é peça fundamental para a governabilidade do presidente Lula devido ao comando que tem sobre a maior bancada da Câmara dos Deputados.

Com a cada vez mais provável indicação de Michel Temer (PMDB/SP) para ocupar o cargo de vice-presidente na chapa encabeçada por Dilma Roussef (PT/RS), o caminho para Henrique assumir a Presidência da Câmara caso seja confirmada a vitória do candidato de Lula estaria ainda mais escancarado. Motivações à parte, as lideranças do PMDB também divergem quanto ao melhor caminho para 2010.

Na Assembleia Legislativa, onde o PMDB conta com quatro representantes, as posições dos parlamentares são diversas. Walter Alves se mantém cauteloso sobre o melhor rumo a ser tomado, mas, por razões óbvias, segue o entendimento de Garibaldi. José Dias defende a candidatura de Robinson Faria (PMN), entende que Rosalba é uma boa segunda opção, mas descarta a possibilidade de apoiar Iberê Ferreira.

Poti Júnior demonstra estar afinado com a base governista, enquanto Nélter Queiroz não abre mão de estar ao lado dos partidos que compõem a base aliada do presidente Lula. O último parlamentar, inclusive, vai mais longe em seu posicionamento.

Em declarações ao Nominuto.com, Nélter Queiroz afirmou que é difícil que o PMDB e todos os outros partidos não tenham pequenas divergências internas na eleição de 2010. Contudo, o deputado não só garante que não estará ao lado de Rosalba, mesmo que o PMDB decida por esse caminho, como também afirma que o voto para Garibaldi está ameaçado. "Não acompanho a decisão do PMDB se for para apoiar Rosalba e se o senador Garibaldi estiver com ela, eu voto contra ele para a eleição ao Senado", garantiu o deputado peemedebista.

O presidente do PMDB de Natal, vereador Hermano Morais - que deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa -, defende a abertura imediata de diálogo dentro do partido para que seja discutido o rumo que a maioria decidir. No entendimento do vereador de Natal, é necessário que, além dos nomes e das propostas para o Governo, a legenda abra a discussão para a chapa proporcional.

"É natural que haja opiniões divergentes, mas é importante que a direção estimule a discussão interna para se chegar o mais próximo possível de um entendimento", sugere o parlamentar, consciente do impasse que há entre os prefeitos do PMDB, divididos entre "henriquistas" e "garibaldistas".

Na eleição de 2008, o PMDB se manteve como um dos partidos que fez mais prefeitos. Ao todo, 38 chefes de executivo pertencem aos quadros da legenda. A diversidade de pensamentos dentro do partido, contudo, é ainda mais evidente nos municípios comandados pelos peemedebistas.

Comandando o PMDB de Nova Cruz desde 2006, o prefeito Flávio Azevedo, eleito em 2008, manteve a aliança que a legenda firmou com o DEM na eleição de Rosalba para o Senado e na derrota de Garibaldi para o Governo. O gestor já declarou apoio à candidatura da parlamentar do DEM ao Governo do Estado e a orientação será seguida por todos os peemedebistas do município. "Rosalba é a nossa candidata e não há sequer discussão.

Essa decisão já foi tomada muito antes, inclusive, de a candidatura dela decolar", disse o líder do prefeito na Câmara de Nova Cruz, vereador Gelson Vitor, que também é o vice-presidente do PMDB no município. "Aqui a liderança é de Garibaldi", completou. Não muito longe, o partido já demonstra opinião diferente.

Recém-eleito prefeito de São José de Campestre, Zequinha Borges (PMDB) venceu a disputa com o apoio do partido e do vice-governador Iberê Ferreira. O compromisso que o gestor da cidade tem - garante o próprio Zequinha - é com o deputado Henrique Eduardo Alves, e a orientação do parlamentar será seguida por ele e por todo o PMDB de Campestre.

 "Nós do PMDB de Campestre seguimos a orientação do deputado Henrique, e Henrique tem compromisso com a candidatura do nosso grande líder, o vice-governador Iberê Ferreira. Mas não acredito na possibilidade de separação de Henrique e Garibaldi na eleição", falou Zequinha, que também afirmou votar em Wilma para o Senado.

Separados ou não, Henrique e Garibaldi continuam com a corda esticada. Mesmo que os dois entrem em consenso para a eleição de 2010, é improvável que o PMDB consiga a unidade no pleito. A queda-de-braço entre os dois continua. De um lado, como diz o próprio Henrique, está o membro da família que tem mais votos. Do outro, um dos políticos mais influentes do país. O PMDB, por enquanto - e só para não variar -, permanece dividido.

 

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