Muitos acham que cultura é simplesmente significado de aprimoramento intelecto-cultural, classificando o ter cultura como a diversidade de conhecimentos sobre determinados assuntos.
Cultura pode ser empregada nestes termos, embora designe também como a própria formação do espírito humano e de toda personalidade dos indivíduos, definindo comportamentos e a variação de manifestações de uma sociedade.
Os gostos, as sensibilidades e as preferências típicas de cada região ou lugares refletem a estrutura cultural de um povo, enfeixando simbologias próprias que dão certo sentido de unidade ao coletivo.
Falar de cultura hoje é tentar compreender o sentido de resistência e diversidade étnico-cultural que marca a dinâmica da era da globalização, exemplificada através das múltiplas formas assumidas pelas tradições que as grandes cidades abrigam.
Comparar uma cidade de porte médio como Mossoró com uma de mega-porte como São Paulo permite-nos identificar ambas as categorias, onde na primeira há identidade mais sólida com outras da região, enquanto a segunda revela uma impressionante amálgama de valores e tradições pertencentes a diferentes populações do globo, havendo certa territorialidade cultural com relação a regiões específicas dentro do conjunto do que uma homogeneidade.
Na formação cultural interferem diretamente inúmeros fatores, destacando-se o educacional, sócioeconômico, político, histórico-geográfico etc., tanto no coletivo como individualmente, figurando como esboço da realidade que caracteriza o modo de vida das pessoas.
A cultura de um povo, tesouro coletivo que retrata a consciência de cada um, valorizando, sobretudo, a personalidade formada ao longo dos tempos, representa a preservação do indivíduo em sua identidade dentro do processo social, evitando-se a perda dos vínculos com a própria existência.
JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO - Professor do Departamento de Geografia - FAFIC - UERN
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